quinta-feira, 14 de maio de 2009

A Polêmica dos Transgênicos

Os prós e contras de alimentos genéticamente modificados
Quando os transgênicos começaram aser utilizados no início da década de 70, e a mídia passou a divulgar seus benefícios, muitos acreditaram que a transgenia vegetal seria, se não a solução de muitos problemas, um contribuidor, como por exemplo, para a redução da fome no mundo, entretanto passou a sofrer muitos preconceitos. Ainda hoje, no século XXI, existe muita polêmica em torno da utilização de organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, seres vivos que tiveram genes de outros seres inseridos em seu código genético para algum melhoramento. De um lado pesquisadores apresentam os benefícios alcançados pela alteração dos genes em plantas e animais, de outro ONGs argumentam sobre as conseqüências que isso pode acarretar para o meio ambiente e para os seres vivos, principalmente o humano.


Vantagens e Desvantagens

Algumas das vantagens em cultivar OGMs são a produção de alimentos mais nutritivos, em maior quantidade e em menos espaço, logo são mais produtivos; a incorporação de substâncias que podem auxiliar no combate a doenças, como o colesterol; e ainda a resistência à pragas e herbicidas através da inserção do gene da bactéria BT(bacillus thuringiensis) que confere a planta proteção à vermes e larvas, além de suportar e adaptar-se à alterações no clima. A pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Regina Caetano Quisen, especialista em genética e melhoramento Vegetal, exemplifica “enquanto uma planta normal precisaria de 5 aplicações de inseticidas, um transgênico necessita apenas de uma, por possuir uma proteção natural à pragas”. Segundo a pesquisadora um dos problemas do plantio de OGMs seria a mistura dele com um natural, principalmente ervas daninhas, que podem desenvolver a mesma proteção, inclusive à agrotóxicos.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde foi cultivado vegetais transgênicos durante 8 anos, revelou que houve uma redução no uso de inseticidas apenas nos 3 primeiros anos, depois disso a quantidade triplicou devido ao aparecimento de insetos mais resistentes, o que pode ter ocorrido devido a seleção natural ou à algum tipo de mutação causada pelo OGM.
Muitos países são contra o cultivo de plantas transgênicas, entre eles a Europa. Os OGMs possuem genes de outros seres, por isso existem várias reações possíveis, e não se sabe ao certo o que elas podem causar ao ser humano ou à natureza. Testes realizados com ratos, em 1998, na Europa, revelaram resultados preocupantes à respeito do consumo de legumes modificados, como retardação do crescimento, problemas nos rins, fígado, esterilidade e até morte. De acordo com o norte-americano, Jeffrey Smith, autor da obra “Roleta Genética”, os transgênicos jamais deveriam ter sido introduzidos na nossa cultura, pois são eles os causadores do aumento no número de doenças nos Estados Unidos, mas segundo matéria publicada na revista Época (http://www.revistaepoca.globo.com/) são poucos os argumentos que foram realmente comprovados. Um deles foi acerca de reações alérgicas em pessoas que consumiram algum OGM, entretanto, estudos realizados pelo Instituto de Tecnologia Quimica e Biologica e pelo Instituto Superior de Agronomia que testaram respostas alérgicas de vários pacientes não detectou nenhuma reação que não fosse semelhante a resposta dos pacientes ao produto natural.

O Brasil é o terceiro maior produtor de transgênicos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e Argentina, mas adota diversas medidas de segurança com testes durante o plantio e pós-colheita, além das medidas necessárias para a autorização para o cultivo.
Alguns pesquisadores europeus afirmam que plantas geneticamente modificadas também podem eliminar abelhas, minhocas, e outros animais, porém nenhum teste apresentou resultados que comprovem essa afirmação, em muitos casos ocorre totalmente o contrário. Segundo o cientista norte-americano, Norman Borloug, em plantações transgênicas é possível notar a presença de insetos não-alvos em maior quantidade em relação as plantações naturais. Norman também acredita que a manipulação genética pode ajudar a alimentar o mundo e prevenir o desmatamento.
Entre todos os prós e contras, vantagens e desvantagens, o Greenpeace publicou a preocupação com os efeitos que a liberação do plantio de transgênicos em maiores proporções pode causar, já que os estudos acerca das reações são poucos. Segundo a publicação, as conseqüências que a alteração genética pode acarretar são imprevisíveis, irreversíveis e incontroláveis, por que até agora não há prova de que os OGMs são realmente seguros.
Por isso a polêmica continua desencadeando discussões acerca de sua segurança em termos ambientais e de saúde, pois também não há nada que comprove que não são .

A Lei assegura

O Decreto 3.871 de 18 de julho de 2001 estabelece a rotulagem de todo produto transgênico e regulamenta o direito a informação, assegurado pela Lei 8.078 de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos de consumo humano e animal que contenham ingredientes geneticamente modificados. Todo alimento que contenha ou seja produzido apartir de ingredientes genéticamente modificados devem conter o simbolo do trangênico.
símbolo transgênico

Curiosidade

Na Europa os alimentos transgênicos receberam o apelido de FrankeinFood, ou comida Frankenstein assemelhando ao personagem que no filme é construído com partes de outros seres.



Por Dhyene Brissow, Lívia Maia, Luana Záu, Melanie Costa, Thiago Augusto e Thiago Monteiro.

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