quinta-feira, 28 de maio de 2009

Meio Ambiente


Diversidades do solo Amazônico


A Amazônia é um berço de variados tipos de solo, porém, devido ao grande cultivo desordenado em suas terras, o solo está ficando sem nutrientes, para conseguir desenvolver determinados tipos de plantio.

Na região Amazônica, se tratando de agricultura, é recorrente a afirmação de que o solo é “pobre”, no entanto, o doutor em solo e plantas da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), Paulo César Teixeira, afirma que existem determinados tipos de solo para cada cultivo na região. “As pessoas confundem as diferenças de cultivos entre os tipos de solos, pois a várzea é rica de nutrientes e a terra firme é o oposto”.

Nas terras de várzea, o regime dos rios, condiciona o ribeirinho a viver de acordo com as condições climáticas. A “seca” (vazante do rio) proporciona ao caboclo a plantação temporária de culturas. O solo, nesse período do ano, é enriquecido pelo húmus (grande concentração de material orgânico em decomposição). Segundo o agricultor José Bonifácio, plantar nesta região é bom, porque proporciona possibilidades maiores de cultivo. Mas, ressalta que, o produtor desta área tem que enfrentar as adversidades e deslocamento. “Só precisa se acostumar com período que a natureza determina”.
A Terra Preta Arqueológica - também chamada de Terra Preta de Índio, é encontrada em sítios arqueológicos, onde viveram grupos pré-históricos. Devido há grande quantidade de material deixado por esses grupos indígenas como fragmentos cerâmicos, carvão e artefatos líticos (de pedra). As áreas com Terra Preta Arqueológica são encontradas sobre os mais diversos tipos de solos e normalmente se localizam em terra firme, próximas às margens de rios, em locais bem drenados. A TPA pode ser identificada por sua cor escura, resultado da concentração de substâncias orgânicas depositadas no solo que apresentam altos teores de cálcio, carbono, magnésio, manganês, fósforo e zinco, elementos que tornam a terra fértil.
Apesar da grande quantidade de sítios arqueológicos já conhecidos, não se tem um mapeamento de todas as ocorrências de TPA na Amazônia. A estimativa é que ocorram centenas de sítios espalhados pela região. Somente em Caxiuanã, foram descobertos 28 sítios arqueológicos com terra preta. Diferente das outras é riquíssimo em nutrientes e pouco ácido, podendo ter 30cm ou até 2m de profundidade. Perfeita para o cultivo da macaxeira, jerimum, mandioca, graviola, pupunha, abacate, banana, e manga.
Na terra firme, o solo é escasso de nutrientes, no entanto, a natureza é renovável. As folhas caem no chão, e juntamente com os organismos (insetos, fungos, algas e bactérias) vivos reciclam os nutrientes dispostos no ambiente, abastecendo as raízes com elementos necessários ao desenvolvimento das plantas. Além disso, o clima quente e úmido da região permite a floresta possuir uma fina camada, dividida em duas: a mais escura é fértil e possui cerca de cinco centímetros de espessura; já a amarelada, onde ficam as raízes mais profundas, não contêm a mesma quantidade de adubos naturais. Já que as altas temperaturas permanecem praticamente o ano todo e a enorme umidade relativa do ar. Por isso, o cultivo torna-se mais difícil para os agricultores.

A calagem (aplicação de calcário, carbonato de cálcio e magnésio com intuito de corrigir a elevação do ácido da terra), possibilita as raízes absorver melhor os nutrientes do solo. Essa é uma “solução” encontrada pelos agricultores para o cultivo tradicional de determinados plantios.
A queimada para grandes plantios tem causado grande impacto na natureza. A maior delas é o aquecimento global. Milhões de hectares da floresta amazônica são derrubados para utilização de diversas culturas, embora haja previsão para o término deste plantio com redução da produção no decorrer dos anos. Esse conceito da agricultura tradicional de “queima e derruba” trás ao ser humano conseqüências irreversíveis. A maioria das queimadas realizadas pelos pequenos agricultores é controlada, no entanto, a grande quantidade de focos de incêndio detectados pelo satélite que as grandes propriedades são quem destroem a floresta para implantar uma agricultora intensa pelo grande investimento de capital.
Em todos os continentes as pessoas preocupam-se com a Amazônia, visto que as questões ambientais podem provocar desequilíbrio no planeta. No Brasil, os metereologistas não conseguem monitorar o clima, no Sul – seca, no Nordeste e Norte – cheia, podendo superar a de 1953 que chegou a 29, 69m.

A Embrapa juntamente com Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idam) estão trabalhando para conscientizar os agricultores dos problemas que a dependência de insumos acarreta ao solo e ao bolso do consumidor. Os produtos chegam a triplicar o valor devido esses materiais vir das regiões Sul e Sudeste do país.

As instituições cientificas comprovam que os projetos contemplam o desenvolvimento para a região, pois não degradam o solo. O doutor Paulo César lembra das práticas agroecológicas, com restos utilizados das hortas e resíduos de cinzas, em que o nitrogênio é produzido pelas plantas através do processo de fotossíntese.
Tipos de solo

Na superfície terrestre podemos encontrar diversos tipos de solo. Cada tipo possui características próprias, tais como densidade, formato, cor, consistência e formação química.
Solo argiloso: Possui consistência fina e é impermeável a água. Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa, encontrada principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da agricultura, principalmente para a cultura de café.

Solo arenoso: Possui consistência granulosa como a areia. Muito presente na região nordeste do Brasil, sendo permeável à água.

Solo humoso: Presente em territórios com grande concentração de material orgânico em decomposição (húmus). É muito utilizado para a prática da agricultura, pois é extremamente fértil (rico em nutrientes para as plantas).

Solo calcário: É um tipo de solo formado por particulares de rochas. É um tipo de solo seco e esquenta muito ao receber os raios solares. Inadequado para a agricultora. Esses tipos de solo são muito comuns em regiões do deserto.














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