
Não é segredo para nenhum especialista da área que os transgênicos são vistos com muito medo pela população, sendo capazes de causar mal à humanidade e trazer doenças nunca dantes vistas. Mas afinal, o que são transgênicos? Segundo a engenheira florestal da Embrapa, Regina Quisen, transgênicos são todos e quaisquer organismos que tiveram sua estrutura genética modificada, para se tornarem mais resistentes e nutritivas. A engenharia genética vem estudando e investindo fortemente nesta área, pois para os especialistas, ela será a fórmula do futuro para alimentar a população crescente do mundo.
Arroz transgênico

O novo grão vem sendo estudado como uma alternativa ao combate da cegueira infantil, nos países em subdesenvolvimento. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano 500 mil crianças ficam cegas por falta de vitamina A, que é obtido através da absorção do betacaroteno no organismo. Há 5 anos, uma primeira linhagem de arroz dourado foi criada em laboratórios da Suíça. Na época, ela foi recebida como uma solução imediata para a cegueira infantil. No entanto, estudos posteriores revelaram que esta variação não produzia uma quantidade de betacaroteno suficiente para satisfazer as necessidades diárias de uma criança. Além disso, o preconceito e a polêmica em torno dos alimentos transgênicos ajudaram a impedir o cultivo experimental nos campos da Ásia.

Alguns engenheiros agrônomos e grupos de defesa do meio ambiente são contra a criação de alimentos geneticamente modificados para solucionar o problema.

O anúncio feito pelos britânicos foi a primeira evidência concreta de que a tecnologia dos alimentos geneticamente modificados pode resultar em cultivos que tenham como objetivo resolver o crescente problema da desnutrição nos países em desenvolvimento, que se agrava a cada ano. O uso dos transgênicos seria a solução imediata, enquanto a dieta balanceada certamente só poderia ser empregada em longo prazo.
Animais transgênicos

Não são apenas os alimentos que são geneticamente modificados. Em 2002, os pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo apresentaram um camundongo transgênico, para ser usado como cobaia em experiências de laboratórios. Os cientistas conseguiram, pela primeira vez no Brasil, alterar o código genético de um animal, através da técnica de a micro injeção pró-nuclear. Este método consiste em, logo após o acasalamento dos animais, os pesquisadores isolam o embrião e injetam nele o gene a ser estudado, que pode ser tanto de uma doença quanto de um gene a ser estudado.

Neste caso específico, o camundongo recebeu um gene que os cientistas apostam que protege seu coração. Depois disso, doenças cardíacas foram provocadas no animal, para saber se o animal ficou mesmo resistente. Se os resultados fossem comprovados, o gene serviria de base para a produção de remédios. O fator mais importante desta pesquisa foi que, de importador, os pesquisadores passaram a ser produtores de animais transgênicos. Mais de R$ 100 mil deixaram de ser gastos pelo governo brasileiro em importação de animais transgênicos para estudos e pesquisas científicas. Desta forma, não só o domínio da técnica, como o acesso às pesquisas ficou muito mais rápido. Em seis meses, os cientistas da Universidade Federal de São Paulo vão começar a fornecer as cobaias com gene resistente a doenças cardíacas.
Prós e contras

Hoje, sabe-se que a falta de informação da população pode causar atrasos no desenvolvimento de uma nação. Se, no Brasil, não tivesse sido implantada a vacina obrigatória, não teríamos erradicado a varíola no país. O novo assusta, ainda mais quando se fala em modificações genéticas, assunto complexo e que gera muitas dúvidas. Talvez se deva aprender com a história, de um passado não tão distante, e não julgar o que não se conhece, para que o Brasil não viva um atraso científico e médico.

Elaborado por: André Moreira, Bruce Willas, Florêncio Mesquita, Larissa Santiago, Lucas Prata e Stefanie Stefaisc.
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